9 em cada 10 pessoas acreditam que a digitalização tem benefícios claros

O principal benefício do mundo digital é nos permitir entrar em contato com amigos e familiares.

81% dos espanhóis consideram importante ter uma boa saúde digital, ou seja, fazer um uso responsável e não cair na dependência.

77% dos espanhóis aumentaram seu tempo de conexão como resultado da pandemia.

Destaca-se a porcentagem de pessoas que utiliza em maior medida do que antes de 2020 os canais digitais para se comunicar (54%), como as redes sociais, que sobem 37%.

A saúde digital piorou durante a pandemia, embora menos do que a saúde emocional.

Os menores de 35 anos, os mais hiperconectados, e os que reconhecem ter pior saúde digital.

Famílias com mais renda, onde consideram que têm melhor saúde digital.

54% se sentem “quietos” no momento atual da pandemia e 3 em cada 10 estão “preocupados” com a doença.

Reservar momentos para desconexão e promover o equilíbrio entre o real e o virtual, dicas – chave para uma boa saúde digital.

A pandemia revolucionou a forma como trabalhamos, estudamos e nos comunicamos e significou a plena integração do mundo digital no nosso dia-a-dia. Para 9 em cada 10 pessoas gerou um “benefício indiscutível”, principalmente devido ao fato de poder estar conectado e em contato com nossos entes queridos (50%), algo que as mulheres e as pessoas entre 56 e 70 anos valorizam em maior medida. O benefício pessoal que o mundo digital nos oferece também é explicado porque nos permite fazer compras (41%) e gestões (39%) de qualquer lugar e sem deslocamentos (34%), bem como ganhar tempo para si mesmo (31%), contaminar menos (27%) e conciliar mais (22%). Outras vantagens a nível coletivo são, uma maior aproximação dos maiores ao mundo online (40%) e uma nova maneira de nos relacionarmos com as instituições (37) e os facultativos (29), entre outros.

São algumas das conclusões do relatório Saúde e novos hábitos digitais, realizado pela Fundación MAPFRE e Salvetti Llombart, com o objetivo de analisar a ” saúde digital “dos espanhóis, um novo conceito de saúde que está começando a se instalar na sociedade e que é qualificada de” importante ” por 80%. Nesse sentido, os cidadãos a definem de uma perspectiva dupla, a positiva, como o uso responsável de dispositivos e conteúdos digitais, e a negativa, que 6 em 10 liga ao vício do mundo digital e ao uso excessivo (30%).

A pesquisa, resultado de mais de 2.500 entrevistas realizadas no passado mês de setembro, permitiu, além disso, chegar a outras conclusões: que a saúde digital piorou durante a pandemia (devido ao excesso de uso das novas tecnologias), embora menos que a saúde emocional; que tal piora tem sido maior entre os jovens, que declaram ter pior saúde digital (6,7 sobre 10 vs 7,1 da média nacional); e que as famílias com mais renda reconhecem ter maior saúde digital: em concreto, 7,5, o que se deve ao fato de que os membros das famílias mais abastadas são os que admitem tomar mais medidas para estabelecer normas saudáveis do uso da tecnologia.

Mais conectados: Jovens e rendas altas

Atualmente, os espanhóis se conectam à internet uma média de seis horas por dia, o dobro do que fazem para o telefone celular, números que mostram um claro aumento da demanda pelo tempo de conexão. 77% aumentaram em relação a 2019. Destaca-se o coletivo de jovens entre 20 e 26, que aumentaram seu tempo de conexão em 90%, e para que aqueles que o impacto negativo em sua saúde é muito maior, devido precisamente a esse abuso.

A digitalização atual mostra outra característica importante além do tempo de conexão e é o elevado número de dispositivos e aparelhos que dispomos, cerca de cinco em média, entre os quais se destacam aqueles que nos fornecem conexão à internet, como o celular (99%), o laptop (72%), smart tv (61%), tablet (55%) e computador de mesa (53%).

A maioria das pessoas (87%) reconhece que não tem dificuldade em utilizar as novas tecnologias e que a digitalização faz parte de suas rotinas habituais. Nesse sentido, destaca-se a porcentagem de pessoas que começou a usar canais digitais ou que aumentou seu uso para se comunicar (54%), como as redes sociais, que sobem 37%. Também chama a atenção aqueles que começaram ou aumentaram suas compras online em 46% em relação a antes da pandemia, aqueles que iniciaram ou aumentaram a gestão de trâmites bancários e com a administração (45% mais), aqueles que consomem conteúdo audiovisual através de plataformas como Netflix ou HBO (53%) ou música em streaming (32%) em seu tempo livre e aqueles que optaram pelo teletrabalho (33%) ou receberam formação online (32%).

A digitalização é, sem dúvida, maior entre os jovens e em lares com maior rendimento, onde dispõem de 40% mais de dispositivos do que as famílias com menor rendimento, um dado, que, na sequência da investigação, lhes permite trabalhar e formar-se em maior medida do que outros grupos sociais.

Uma saúde digital de”notável”

A saúde digital, entendida como o uso responsável da tecnologia, é agora mais importante do que antes da pandemia e o impacto dos novos hábitos digitais na Saúde lança um balanço mais positivo do que negativo. Na verdade, 30% dos espanhóis consideram que lhes traz benefícios e que supera em 12% os aspectos negativos. No entanto, com a COVID e o aumento do uso dos dispositivos digitais, também cresceu o grau de conscientização para prevenir certos riscos ligados à digitalização.

Entre os riscos mais frequentes, destaca-se o cansaço visual (44%), a perda de contato físico, isolamento social e falta de relação com o mundo real (39%); ausência de reconhecimento de notícias verdadeiras ou fake news (39%); conexão constante ao trabalho (31%); sedentarismo (32%); escassez de supervisão entre os menores que se conectam à internet (34%); falta de segurança na rede (32%); dependência de redes sociais (31%); risco de golpes ou phishing, que permite obter dados privados internet (29%), e medo de ficar viciado em jogos online (24%).

Como acabar com a desintoxicação digital

Conhecer as vantagens, os riscos, os hábitos saudáveis e as implicações em termos de segurança é a maneira como os entrevistados incentivam a “saúde digital”. Os especialistas em Saúde digital recomendam não abusar de dispositivos digitais e limitar seu uso entre os mais pequenos; reservar momentos para desconexão; promover o equilíbrio entre o real e o virtual, especialmente entre os mais jovens; verificar se as fontes de informação são confiáveis; seguir o conselho de profissionais e usar essas informações para cuidar de si mesmo mais e melhor; aprender a navegar com segurança na rede; não compartilhar em RRSS mais do que o necessário; e ensinar os mais velhos a usar dispositivos digitais.

Os jovens, usuários mais intensivos do mundo digital, não se destacam especialmente entre os coletivos que mais atividades realizam para ter boa saúde digital. Os especialistas também recomendam que eles façam esportes para combater o sedentarismo (algo que só reconhece fazer 48%); que controlem os tempos de desconexão para garantir momentos de recuperação ou descanso (33%), que realizem atividades presenciais com outras pessoas (25%); que se informem sobre os riscos da internet (23%) e que aprendam bons hábitos digitais (23%).

O relatório refere ainda uma “maior implicação das instituições públicas” (reconhecidas como bastante credíveis), para promover informação credível sobre hábitos que possam ajudar a incrementar uma boa saúde digital, assim como oficinas, palestras, páginas web, apps e campanhas de conscientização, que permitam fortalecer conhecimentos nas áreas mais demandadas, como segurança na rede (52%).

Saúde emocional e Covid

A evolução da saúde piorou desde o início da pandemia, especialmente a saúde emocional. Em concreto, 36% das pessoas reconhecem ter experimentado uma queda nesta dimensão da saúde, uma realidade que, segundo o relatório, afeta mais as mulheres (40%) e aqueles entre os 27 e 35 anos (42%). Além disso, destaca que mais da metade dos entrevistados (54%) se sente “calma” no momento atual da pandemia, 13% a mais em relação a setembro de 2020, e que é maior entre homens e classes abastadas. Ele observa, além disso, que a percepção de risco de contrair o coronavírus diminuiu drasticamente. Neste momento, 3 em cada 10 pessoas (35%) estão” preocupadas ” com a doença.

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