O presidente da Comunidade Autônoma, Fernando López Miras, inaugurou o evento, que será realizado até segunda-feira, 8 de novembro, no Auditório Victor Villegas de Múrcia
O público voltou a responder à chamada gastronômica do Congresso culinário mais importante do Levante Espanhol. A décima edição da região de Múrcia gastronômica estreou-se com um sucesso de assistência apesar de reduzir a sua capacidade para se adaptar às novas circunstâncias. A inauguração do Congresso culinário organizado pela’ verdade ‘contou com a presença do presidente da Comunidade, Fernando López Miras, que destacou que é “especialmente importante que’ a verdade ‘faça uma aposta decidida por região de Múrcia gastronômica o ano em que a região é capital espanhola de gastronomia”. Um ano em que a atmosfera festiva das edições passadas já é respirada.
O primeiro dia do Congresso culinário começou com a palestra de María Gómez (Magoga, 1 estrela Michelin), que explicou todas e cada uma das aplicações culinárias que podem ser dadas às diferentes partes da cana do rio comum. A chef de Fuente Álamo abandera a gastronomia do Campo de Cartagena, que ela mesma qualifica como uma das três gastronomias da região de Murcia junto à da horta de Murcia e a do norte com suas variadas denominações de origem. E é que para este estudioso de cada alimento, todos os elementos do ambiente são susceptíveis de chegar à mesa após um estudo minucioso. Foi assim que conseguiu introduzir nas nossas sobremesas pratos feitos com Alfarroba para elaborar um chocolate da região.
Depois seguiu-se a intervenção do consagrado chef andaluz Dani García (Bibo, Lobito de Mar, lenha e Smoked Room), que chegou a valorizar três estrelas Michelin às quais renunciou. El malagueño assegurou que um chef pode ser feliz elaborando um simples sanduíche misto e incentivou os estudantes de hotelaria presentes na palestra a descobrir aquilo com o que são felizes e afastar-se das pressões que possam ter. “É preciso ser mais livre, menos apegado aos meios de comunicação, sair desses constrangimentos que nos limitam. Esse é o primeiro passo para voltar a ser o que fomos”, destacou o chef malagueño desde Marbella via ‘streaming’ em referência à vanguarda da cozinha espanhola.
Em seguida, Marco Tacchetto (Orobianco, 1 estrela Michelin) mergulhou na filosofia da introspecção para se tornar a melhor versão de si mesmo na frente dos fogões. Uma palestra carregada de dicas psicológicas para imprimir em cada prato uma essência pessoal que o torne único. Chef do único restaurante de cozinha italiana na Espanha com estrela Michelin, Tacchetto é um recém-chegado a este restaurante e já se encarregou de impregnar sua equipe de sua marca e filosofia pessoal na qual não faltam os sabores de sua infância na Itália.
O respeito ao terreno e o culto aos produtos locais também esteve muito presente com José Álvarez, chef do restaurante La Costa em El Ejido. Um restaurante que aposta em dar a conhecer e recriar o ambiente das estufas que dão os frutos que chegam à mesa. “Não entendemos a experiência gastronômica sem que as pessoas conheçam a realidade de onde esses pratos vêm”, assegurou o chef almeriense.
A apresentação mais multitudinária foi a de Pepe Rodríguez, chef de El Bohío e apresentador do popular programa de televisão ‘MasterChef’. O renomado cozinheiro toledano é um autoproclamado embaixador da cozinha castellanomanchega, embora lamentou que o público só o conheça por suas aparições televisivas e no final “as pessoas não se lembram mais de que você tem um restaurante”. O chef também indicou que estamos em um momento em que não se sabe para onde vai a gastronomia espanhola. “Hoje, até os críticos se perdem na hora de detectar o que é vanguarda. Não existe nenhum cozinheiro de vanguarda”, destacou recordando a figura de Ferran Adrià.
O último ‘prato’ do primeiro dia do Congresso foi o mais poderoso da região. Pablo González (Cabaña Buenavista, 2 estrela Michelin) entrou em um universo de filme para capacitar, ao que parece, a pata que até agora era a mais “fraca” da experiência Cabaña Buenavista. As novas sobremesas de Cabaña Buenavista surpreenderão todos os visitantes e González insiste no Congresso para que o fim da aventura não seja Estripado.
Nazario Cano, ‘prato forte’ do dia de sábado
No sábado, o prato forte será Nazario Cano (Odisseu, 1 estrela Michelin) e uma grande seleção de cozinheiros regionais irá acompanhá-lo. Barrigaverde, a mestiça, por herança, Recife, o Mosqui ou Almamater serão algumas dessas representações regionais. Um Congresso pelo qual passarão outros reconhecidos cozinheiros como Joaquín Baeza (Baeza & Rufete, 1 estrela Michelin); Fran Martínez (Maralba, 2 estrelas Michelin); Rafa Soler (Audrey’s, 1 estrela Michelin); Manuel Alonso (Casa Manolo, Valência, 1 estrela Michelin). Para aqueles que não podem desfrutar presencialmente das palestras, todas as’ masterclass ‘podem ser seguidas por ‘streaming’.
Além do presidente da Comunidade Autônoma, Fernando López Miras, participaram da inauguração da décima edição da região de Múrcia gastronômica o conselheiro de presidência, Turismo e esportes, Marcos Ortuño; o diretor geral de’ la verdade’, Antonio Pitera; o diretor de’ la verdade’, Alberto Aguirre de Cárcer; Sergio Gallego, diretor técnico do Congresso; e Pepe Rodríguez, apresentador de ‘MasterChef’ e proprietário do restaurante El Bohío, que faz parte do elenco de palestrantes do Congresso. Também estiveram na jornada inaugural Noelia Arroyo, prefeita de Cartagena; Manuel Padín, vice-prefeito de Cartagena; Diego José Mateos, prefeito de Lorca; Francisco Morales, vice-prefeito de Lorca; Eliseu García, prefeito de Molina; Juan Francisco Martínez, diretor do Instituto de Turismo; e Juan Ramón Palazón, Diretor Geral do ICA (Instituto das Indústrias Culturais e das Artes).